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Diástase Abdominal



O que é Diástase Abdominal?


A diástase abdominal ocorre quando os músculos retos abdominais, que formam o "tanquinho", se separam ao longo da linha média do abdOme. Esse afastoamento cria uma espécie de abaulamento ou protuberância na região abdominal, especialmente ao realizar certos movimentos. A diástase é comum em mulheres após a gravidez, mas também pode afetar homens e pessoas que tiveram ganho ou perda de peso significativos.


Ilustrações mostrando a anatomia da parede abdominal normal e quando ocorre a diástase


A díastase pode ser dividida em tipos, dependendo da localização e gravidade. Aqui estão os principais tipos de diástase abdominal:


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Ilustrações mostrando os tipos de diástase mais frequentes


Classificação por Localização:


 Diástase Umbilical:

  • Acontece em torno do umbigo.

  • Geralmente são as diástases menorees e frequentemente associadas a hérnia umbilical


Diástase Supraumbilical:

  • Acontece acima do umbigo.

  • Geralmente ocorre em pessoas que praticam exercícios de forma inadequada ou devido ao aumento da pressão intra-abdominal.


Diástase Infraumbilical:

  • Acontece abaixo do umbigo.

  • Mais comum em mulheres pós-gestação, devido ao estiramento excessivo causado pelo crescimento do bebê.


Diástase Total:

  • Envolve tanto a área supraumbilical quanto infraumbilical.

  • Geralmente, é mais grave e o cirúrgico é necessário.



Causas da Diástase Abdominal


A principal causa da diástase abdominal é o enfraquecimento dos tecidos que conectam os músculos abdominais, o que pode ser influenciado por fatores como:


  • Gravidez: O útero em crescimento pressiona os músculos abdominais, forçando sua separação.

  • Ganho de peso repentino: Aumento de peso rápido pode pressionar os músculos e causar a separação.

  • Treinamento físico intenso: Movimentos repetidos que envolvem o abdômen sem a devida técnica podem contribuir para o afastamento muscular.

  • Fatores genéticos: Algumas pessoas têm predisposição genética para o enfraquecimento dos tecidos conectivos.




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Atividades que exigem esforço físico extremo como levantamento de peso

podem favorecer o aparecimento de diástase



Sintomas da Diástase Abdominal


Os sintomas mais comuns incluem:

  • Abaulamento ou protuberância na linha média do abdômen.

  • Dor ou desconforto abdominal.

  • Dificuldade em manter a postura correta.

  • Fraqueza no núcleo abdominal, dificultando atividades diárias.




Tratamento para Diástase Abdominal


Nem todas as pessoas com diástase precisam de cirurgia. Em muitos casos, exercícios específicos para fortalecer o "core" abdominal, supervisionados por um fisioterapeuta ou personal trainer especializado, podem ajudar a fortalecer e reduzir a separação muscular e aliviar os sintomas. A fisioterapia é frequentemente a primeira abordagem, com exercícios voltados para o alinhamento correto e o fortalecimento dos músculos.


Para casos mais graves onde a diástase provoca dor significativa ou afeta a qualidade de vida, ou nos casos de resposta insatisfatória às medidas iniciais de fortalecimento, a cirurgia pode ser recomendada. O tipo e a extensão da díastase também vão influenciar na definição do tratamento.



Cirurgia para Diástase Abdominal


O principal objetivo da cirurgia para corrigir a diástase abdominal é restaurar a integridade funcional e estética da parede abdominal. A cirurgia une os músculos retos abdominais, que estão afastados. Essa união é feita por meio de técnicas de sutura que aproximam os dois lados do músculo, restaurando a linha alba (a faixa de tecido conjuntivo que conecta os músculos retos ao longo do centro do abdômen).


Objetivos Específicos da Cirurgia


Correção Funcional:

  • Reestabelecer a estabilidade do core: Os músculos abdominais trabalham em conjunto com os músculos das costas para sustentar a coluna vertebral. A diástase pode causar instabilidade e dores na região lombar, que a cirurgia ajuda a aliviar.

  • Melhorar a respiração e postura: O alinhamento muscular contribui para uma melhor capacidade respiratória e para a postura ereta.

  • Reduzir o risco de hérnias: O afastamento dos músculos pode predispor ao surgimento de hérnias (umbilicais ou epigástricas). A cirurgia previne esse risco.


Reparação Estética:

  • Redução do abaulamento abdominal: O afastamento muscular muitas vezes causa um aspecto de "barriga saliente", mesmo em pessoas magras. A correção proporciona um abdômen mais plano.

  • Remoção de excesso de pele e gordura: Em casos como pós-gestação ou perda de peso significativa, o excesso de pele também é tratado para melhorar o contorno corporal.

  • Melhora na autoestima: Além da função física, o procedimento contribui para a confiança e bem-estar do paciente.


Prevenção de Sintomas Associados:

  • Alívio de dores nas costas: A diástase cria uma sobrecarga na musculatura lombar, que pode levar a dores crônicas.

  • Diminuição do desconforto gastrointestinal: Em alguns casos, o desalinhamento muscular pode estar associado a sintomas como inchaço abdominal.


Modalidades de cirurgia para correção de diástase


Existem diferentes opções cirúrgicas para corrigir a diástase abdominal, e a escolha do procedimento depende da gravidade da diástase, da presença de excesso de pele e gordura, e das necessidades estéticas e funcionais do paciente. Abaixo estão as principais técnicas utilizadas:


Abdominoplastia Tradicional


A cirurgia habitual para tratar a diástase é chamada de abdominoplastia ou plástica abdominal. É o método mais comum para corrigir diástase associada a excesso de pele e gordura abdominal. É um procedimento cirúrgico em que o cirurgião plástico remove o excesso de pele e gordura do abdome e sutura os músculos retos do abdome para reduzir a separação e fortalecer a parede abdominal.


A incisão é feita na parte inferior do abdômen (linha do biquíni), os músculos retos abdominais são aproximados e suturados (plicatura) e o excesso de pele e gordura é removido. O umbigo é reposicionado, se necessário.


Esta modalidade cirúrgica é mais indicada na diástase moderada a grave com flacidez e excesso de pele, como na imagem abaixo. Muita indicada para pacientes pós-gestação que ganharam e tiveram grande perda de peso.



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Principais Inconvenientes da Abdominoplastia Tradicional


  • Cicatriz Visível: a incisão geralmente é longa e feita horizontalmente na parte inferior do abdômen (linha do biquíni).  Embora fique posicionada de forma discreta para ser coberta por roupas íntimas ou de banho, a cicatriz pode ser extensa e mais visível em pessoas com pele que cicatriza com dificuldade (tendência a quelóides ou cicatrizes hipertróficas).

  • Período de Recuperação Prolongado: a recuperação completa pode levar de 6 a 8 semanas. Restrição mais prolongada de atividades físicas intensas e levantamento de peso. Há necessidade de usar cinta modeladora continuamente por várias semanas.

  • Risco de Complicações Pós-operatórias: como em qualquer cirurgia, existem riscos inerentes ao procedimento. São exemplos de complicações: seroma (acúmulo de líquido na região operada, que pode exigir drenagem), hematomas (acúmulo de sangue sob a pele), infecções, necrose do retalho de pele com necessidade de reintervenções, alterações na sensibilidade (dormência ou formigamento na região operada, que pode ser temporário ou permanente)


Pacientes sem pele excessiva que desejam apenas a correção do defeito e, principalmente, casos em que há hérnia associada, a correção por dentro do abdome passou a ser uma opção com a chegada da plataforma robótica.


Cirurgia Minimamente Invasiva - Cirurgia Robótica


A cirurgia robótica trouxe uma verdadeira revolução para a correção da diástase abdominal, combinando tecnologia avançada com alta precisão e menor invasividade. Comparada às técnicas tradicionais, como a abdominoplastia, a abordagem robótica oferece vantagens significativas tanto em termos de funcionalidade quanto de estética.


A cirurgia robótica é uma técnica minimamente invasiva em que o cirurgião usa braços robóticos e realiza a cirurgia com imagem 3D. Isso proporciona uma visão mais clara e precisa da área cirúrgica e as pinças articuladas do robô permitem suturas internas e posicionamento da tela na parede abdominal com mais qualidade, dispensando as grandes incisões no abdome.


Essa modalidade é uma opção para pacientes que não precisam de remoção de excessos de pele e querem evitar as grandes cicatrizes, buscando melhora do abaulamento na parede abdominal e a reconstituição da sua função. Ela envolve a série de passos que diferem da cirurgia aberta (abdominoplastia) por utilizar pequenos pontos de acesso, resultando em menor trauma tecidual e recuperação mais rápida.


O procedimento é realizado sob anestesia geral para garantir conforto e segurança durante a operação. São feitas pequenas incisões no abdome, geralmente entre 3 pontos de acesso. Sempre que possível fazemos essas incisões na linha do biquini de forma que fiquem imperceptíveis depois (veja a imagem abaixo). Em pacientes submetidas a cirurgia cesareana ou outras cirurgias pélvicas previamente, a presença de aderências pode inviabilizar o acesso por esse local, sendo indicada o acesso pela face lateral do abdome, com o mesmo resultado funcional. Essas incisões servem para inserir uma câmera de alta resolução e instrumentos robóticos finos.



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Esquema de como é feito o acesso ao nível da pelve (linha do biquini), onde as cicatrizes ficam escondidas.

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Esquema ilustrando o acesso pela linha lateral, em casos mais complexos com cirurgias prévias ou hérnias associadas.


O cirurgião visualiza diretamente a linha alba, onde ocorre o afastamento entre os músculos retos abdominais. Os braços robóticos fazem a plicatura (sutura) dos músculos retos abdominais ao longo da linha alba. Isso significa que os músculos são trazidos de volta ao centro e suturados em camadas, restaurando a integridade e a força da parede abdominal. Em casos mais complexos, como diástases muito grandes ou quando há presença de hérnias, pode-se usar uma tela cirúrgica para reforçar a sutura e evitar recidivas. Após a plicatura, o cirurgião verifica se a parede abdominal foi corrigida adequadamente e se todos os músculos estão devidamente unidos. A câmera robótica permite uma última inspeção precisa para garantir que a correção está simétrica e segura.


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Passos da cirurgia onde o defeito da parede é dissecado, corrigido por sutura com auxílio do robô que viabiliza este tipo de técnica e o posicionamento de uma tela para garantir a correção da diástase.


O cirurgião plástico pode associar no mesmo tempo ou em outro momento uma pequena lipoaspiração para melhor resultado quando há um excesso de gordura na parede abdominal que pode sofrer um abaulamento após a correção da diástase.


As vantagens são recuperação mais rápida, menos dor pós-operatória e menor risco de complicações da ferida operatória (seroma, infecção) em comparação com a cirurgia tradicional. As cirurgias minimamente invasivas, em especial a robótica, são capazes de oferecer menor trauma cirúrgico, com isso menor inflamação, dor, sangramentos e, consequentemente, a recuperação e retorno às atividades são mais precoces.


Assista o vídeo abaixo que mostra a visão do cirurgião durante a correção de uma diástase dos músculos reto-abdominais.



É preciso lembrar que a cirurgia robótica pode não ser apropriada para todos os casos de diástase. É fundamental conversar com seu médico para determinar a melhor opção de tratamento para sua condição específica.


Quando Procurar Ajuda Médica?


Se você percebeu um abaulamento em seu abdome ou está enfrentando dor e desconforto persistente, é importante consultar um médico. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a evitar complicações e melhorar sua qualidade de vida.

Agende sua consulta e veja se há indicação para o seu caso!


O Dr. Daniel Paulino é um especialista certificado em cirurgia robótica, uma das técnicas mais avançadas e seguras disponíveis atualmente para o tratamento da diástase abdominal e outras condições cirúrgicas. Com treinamento específico e experiência comprovada, ele utiliza a tecnologia robótica para oferecer aos seus pacientes um procedimento preciso, minimamente invasivo e com resultados superiores.


A certificação em cirurgia robótica é uma garantia de que o Dr. Daniel Paulino domina essa tecnologia de ponta, sendo capaz de realizar a correção da diástase com extrema precisão e segurança.


Você pode contar com um profissional altamente qualificado, comprometido em garantir sua segurança e alcançar os melhores resultados, tanto funcionais quanto estéticos. Agende uma consulta e descubra como a cirurgia robótica pode transformar sua qualidade de vida.


Preparando-se para sua consulta médica

Quando você for ser avaliado pelo seu médico, algumas dicas podem ajudar na sua avaliação:

Faça uma lista de:

  • Seus sintomas, incluindo quando eles começaram e como eles podem ter mudado ou piorado ao longo do tempo

  • Informações pessoais importantes, incluindo mudanças recentes na vida e histórico médico familiar

  • Todos os medicamentos, vitaminas ou suplementos que você toma, incluindo doses

  • Perguntas para fazer ao seu médico

  • Leve um membro da família ou amigo, se possível, para ajudá-lo a se lembrar das informações que receber.

Para a avaliação da díastase, algumas perguntas básicas para fazer ao seu médico incluem:

  • Qual é a causa mais provável dos meus sintomas?

  • Quais exames eu preciso fazer?

  • Quais tratamentos estão disponíveis e qual você me recomenda?

  • Se eu precisar de cirurgia, como será minha recuperação?

  • Tenho outros problemas de saúde. Como posso gerenciar melhor essas condições juntos?

  • O que posso fazer para prevenir a recorrência?

  • Não hesite em fazer outras perguntas que você possa ter.

O que esperar do seu médico

É provável que seu médico faça várias perguntas, como:

  • Quando seus sintomas começaram?

  • Os seus sintomas permaneceram os mesmos ou pioraram?

  • Você tem dor no abdômen ou na cicatriz do umbigo? Alguma coisa faz a dor piorar ou melhorar?

  • Que atividade física você realiza no seu trabalho? Que outras atividades físicas você pratica regularmente?

  • Você tem histórico de prisão de ventre?

  • Você já teve alguma hérnia anterior?

  • Você fuma ou fuma? Sendo assim, quanto?

  • O que você pode fazer enquanto isso.


A partir daí, uma avaliação personalizada proporcionará a definição da melhor conduta para o seu caso!

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