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Cirurgia do Fígado







O tratamento varia muito de acordo com a história clínica do paciente e o estadiamento do tumor, além de saber se o tumor é primário do fígado ou uma metástase (tumor de outro órgão que acomete o fígado). Depende também das condições clínicas do paciente, principalmente da função hepática, já que em muitos casos a cirrose está associada ao câncer, nos casos de tumores que se originam no fígado, como os hepatocarcinomas. Outro aspecto fundamental é que o tratamento envolva equipe multidisciplinar com cirurgião oncológico, oncologista clínico, radiologista, radioterapeuta, equipe de transplante, nutricionistas e enfermeiros.

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As opções de tratamento dependem bastante do estágio em que o câncer se encontra. Basicamente, quando o câncer é pequeno e não se espalhou, ele pode ser completamente removido por cirurgia. As hepatectomias são realizadas para tratamento de tumores primários e metástases hepáticas, sendo hoje em dia uma cirurgia bastante segura. A cirurgia, na maior parte das vezes, é realizada por via aberta, através de uma incisão transversa na parte superior do abdômen, acompanhando a curvatura do arco costal direito. A hepatectomia por videolaparoscopia pode ser utilizada, dependendo da localização e tamanho e localização do tumor a ser retirado. Há casos, porém, em que o câncer está localizado, não se espalhou, mas não pode ser totalmente removido por cirurgia. Dessa forma, para melhores resultados, o tratamento prévio do câncer com quimioterapia ou terapia biológica deve ser considerado. Antes da cirurgia, agentes quimioterápicos, como nos casos de metástases de câncer de intestino, ou quimioembolização (introdução de quimioterapia pelas artérias do fígado) para o carcinoma hepatocelular pode diminuir significativamente o tamanho do tumor em massa, facilitando e/ou diminuindo as ressecções do fígado. Existe também a ablação por radiofrequência, que mata as células cancerosas por calor através da introdução de uma agulha. A sobrevivência em 5 anos de pacientes cirróticos é de 60% e a de pacientes com hepatocarcinoma de 60-80% em tumores precoces e 30-50% em tumores avançados. Há ainda a opção de transplante para os casos de hepatocarcinoma associados a cirrose hepática.

A quimioterapia também pode ser usada no tratamento do câncer de fígado, tanto na forma convencional, com administração intravenosa, como por via oral, uma opção mais recente. A radioterapia costuma ser indicada para poucos casos, principalmente para alívio da dor.

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