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G I S T - Gastrointestinal Stromal Tumor



GIST, da sigla em inglês gastrointestinal stromal tumors, pertence a um grupo de tumores chamados sarcoma de partes moles. Essa neoplasia se diferencia dos outros tipos de tumores por iniciar-se na parede dos órgãos, junto às camadas musculares do trato gastrointestinal, mais especificamente, nas células do plexo mioenterico, chamadas células de Cajal. Tais células são responsáveis pela motilidade intestinal, sendo consideradas o marca-passo do trato gastrointestinal. O tumor de GIST é relativamente raro, com estudos atuais mostrando uma prevalência anual em torno de 20 a 40 casos por milhão de habitantes. É mais comum entre pessoas de 50 a 60 anos de idade, sendo extremamente raros até os 20 anos. Por representar um tumor raro, recomenda-se que seja tratado em hospitais oncológicos ou especializados, que tenham experiência multidisciplinar na condução e no tratamento dos pacientes com este tumor. O GIST pode se originar em qualquer local do trato gastrointestinal, do esôfago ao ânus. Em relação à distribuição, 50% a 60% das lesões são provenientes do estômago, 20% a 30% do intestino delgado, 10% do intestino grosso, 5% do esôfago e 5% de outros locais da cavidade abdominal.

Sintomas

A apresentação clínica dos pacientes portadores de GIST não é especifica e depende da localização e do tamanho do tumor, podendo causar náuseas, vômitos, hemorragias intestinais (vômitos com sangue ou evacuações com sangue ou fezes enegrecidas), sensação de plenitude após alimentação, dor e distensão abdominal, ou presença de uma massa ou tumor palpável no abdômen.

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Diagnóstico

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A dificuldade em diagnosticar e tratar GIST reside no fato de, frequentemente, este tumor não apresentar sintomas específicos. Normalmente, há apenas o crescimento da massa tumoral que pode causar sintomas como distensão abdominal, sangramento, náuseas, dor abdominal, azia e sangramentos digestivos. Em alguns casos, o tumor é diagnosticado em um tamanho avançado e é possível palpá-lo na cavidade abdominal podendo produzir obstrução da passagem do alimento pelo tubo digestivo.

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Geralmente, o diagnóstico é feito por uma biópsia da lesão, que a depender da localização, pode ser feita por endoscopia, colonoscopia, ou ecoendoscopia. A tomografia computadorizada do abdômen é importante para avaliação da extensão do tumor e também pode ser utilizada em alguns casos para realização de biópsia do tumor.

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No início de seu desenvolvimento, os GISTs permanecem em uma única área, como o estômago, por exemplo. Nessa situação são denominados tumores localizados. Entretanto, quando os GISTs avançam, podem se espalhar para outras partes do corpo. Quando as células de um GIST se espalham, formando novos tumores em outros locais diferentes de sua origem, o classificamos como um tumor metastático.

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Tratamento

O tratamento padrão para pacientes com GIST, localizados e não metastáticos, é a ressecção cirúrgica completa da lesão. Em muitos casos, é necessária a cirurgia radical e de grande porte, com a retirada de estruturas e órgãos aderidos, aumentando as chances de sucesso no tratamento. O tratamento com imatinib, e mais atualmente ao sunitinib, é utilizado para doença metastática ou irressecável, com intuito de diminuir o tamanho da lesão para que a cirurgia possa ser realizada em melhores condições locais. Tais drogas também podem ser utilizadas após a cirurgia. Para o tratamento sistêmico pode ser necessário estudo genético específico para saber qual a mutação presente no tumor, com intuito de guiar a terapia em relação à dose e tipo de medicação utilizada.

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